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Wednesday, November 22, 2017

Opinião: "Viajante à Luz da Lua" de Antal Szerb


Opinão (Daisy):

Viajante à luz da Lua, um título curioso para gente curiosa como eu.  
O escritor húngaro, o tão famoso e internacional Antal Szerb não me deixou indiferente e iniciei o romance para conhecer a sua escrita e o conteúdo da sua obra.
Esta, conta a viagem de um casal que tudo parecendo dar certo, termina na sua separação.  
Mihály, parte em busca de algo que o perturba e que as suas memorias da adolescência inacabada o fazem refletir e querer procurar soluções para os sonhos que não realizou e o deixam inquieto.

Durante a leitura senti-me extremamente embrenhada na história, mas agora que penso naquilo que li, pouco vem-me à cabeça... Não sei porque é que isto me acontece ás vezes e adorava saber se também vocês são afetados pelo mesmo.
Por vezes adoro ler um livro e dedico-me a ele durante uns dias, mas quando acabo de o ler parece que não foi tão importante para mim como pensava. Se calhar é só a mim que acontece isto...

Posso com toda a certeza dizer-vos que a capa escolhida para representar o livro é magnífica. É uma bela representação da história em si, e tenho de dar os parabéns à Guerra e Paz pela escolha.

A escrita tem floreados filosóficos que me fizeram ficar completamente agarrada à história. É incrível quando isso acontece porque mesmo apesar de haver momentos em que pouco se desenvolve, não parei de ler. Posso chamar a este acontecimento o feitiço da escrita. São poucos os autores que conseguem escrever muito bem sobre acontecimentos pouco interessantes.
Antal Szerb consegue, sem dúvida alguma, cativar o leitor.. Portanto, mesmo que não se interessem muito pela sinopse, acho que deviam ler o livro para poderem conhecer a escrita do autor.

No fim de fazer as contas, gostei muito da atmosfera, das personagens e da escrita, mas não conectei a 100 % com a história. Por essa razão classifico este livro com 3 estrelas.

Um agradecimento muito especial à Guerra e Paz pela oportunidade.

Boas leituras!


Sunday, May 21, 2017

Opinião "Os Filhos dos Nazis" de Tania Crasnianski

Olá queridos leitores!!





Opinião:

Os filhos dos Nazis é um tema que sempre me cativou. Pensar como cresceram estas crianças e no que se tornaram mais tarde, é sem dúvida, uma questão que me intriga. 

Adorei a maior parte das histórias de cada uma destas crianças. É fascinante como algumas delas cresceram em  Auschwitz ou noutros campos de concentração sem se aperceberem verdadeiramente do que se passava à sua volta. Algumas destas histórias são dolorosas de ler. Vieram-me as lágrimas aos olhos algumas vezes...
 Neste livro, podemos perceber os motivos que levaram algumas destas crianças a seguir os passos dos seus pais. Aquelas que os respeitam e os idolatram são aquelas que foram mimadas toda a sua infância. As que cresceram sem o apoio dos pais, é normal que não sintam o mesmo que as outras. Por exemplo, Rolf, o filho do "Anjo da Morte" não teve qualquer interesse em seguir o exemplo do pai, preferindo manter a distância. 

Todos estes eventos estão muito bem retratados, no entanto, não gostei de certos aspetos. Havia passagens repetidas em alguns capítulos. A autora decide fazê-lo para ajudar aquele leitor que opta por ler os capítulos sem seguimento, mas isso não funcionou bem para mim, porque os li todos seguidos, e lembrava-me perfeitamente da história que nos contaram no capítulo anterior. 
Aqueles que quiserem ler apenas os capítulos que mais lhes interesse, poderão fazer isso com facilidade. Há sempre histórias mais interessantes que outras neste género de livro. Houve umas que gostei mais, outras que gostei menos, mas no geral gostei muito do que li e estou curiosa para saber mais sobre este tema. 

Obrigada à Guerra e Paz pela oportunidade! :)

Podes comprar o livro aqui.





Thursday, March 30, 2017

Opinião: "Quando perdes tudo não tens pressa de ir a lado nenhum" de Dulce Garcia

Olá queridos leitores!




Sinopse:

Um homem, duas mulheres, uma criança. A história de um triângulo amoroso à luz do que são hoje as relações sentimentais, marcadas por separações e recomeços e jogos psicológicos variados. Um romance onde se fala de paixão, desejo, raiva e um medo incrível da loucura. Também tem ameaças, mentiras e sexo. E humor, esse lado cómico que existe em todos os episódios, até nos mais trágicos.

O que nos leva a apaixonarmo-nos e deixar tudo para trás? Como é possível mentirmos para obrigarmos alguém a ficar ao nosso lado. É normal um pai não gostar de um filho? E o amor, sempre o amor, é hoje uma doença ou a única terapia?
Isabel sempre disfarçou os seus sentimentos debaixo de uma capa de serenidade, sobretudo desde que o irmão enlouqueceu depois de assistir a uma autópsia. Mas apaixona-se.
Uma história de amor escandalosamente contemporânea, que fala de desejo e raiva, da violência do fim dos casamentos e da luta em torno da guarda dos filhos, da culpa de quem decide partir e de como isso pode arrasar o futuro.





Opinião:

Que bom... gostava de encontrar mais livros como este...

 Diverti-me muito ao ler este livro, conversei muito sobre ele com o meu namorado, pensei muito sobre ele e acompanhou-me durante três dias inteiros. 
Havia sempre algum tema interessante para ser discutido —quem o leu deve saber do que falo. As curiosidades fazem todas parte da personagem feminina. A sua curiosidade é  tão contagiante que nos põe de olhos abertos e ávidos para saber mais.

O que me chamou à atenção logo de imediato foi a capa. É linda e simples, a capa perfeita para este livro na minha opinião. Depois foi a história que me cativou tanto que comecei a lê-lo de imediato na livraria. Podemos também falar do título do livro. Não é um excelente título? 

Este livro tem base numa história real, o que me surpreendeu bastante e me fez pesquisar sobre o assunto.
 A sinopse não é muito clara no que diz respeito à história e acho isso fantástico, por isso, não vou estragar a surpresa para quem não tenha lido o livro. 

Capítulo sim, capítulo não, conhecemos a versão da história contada por duas personagens diferentes. Um homem e uma mulher (Afonso e Isabel). 
O facto de termos duas perspetivas diferentes da mesma história é extremamente cativante de ler. Nunca nos vemos aborrecidos e queremos saber sempre mais.
Tanto Isabel como Afonso são tão verdadeiros e tão honestos naquilo que nos contam, que nós acreditamos neles e pensamos neles como pessoas reais. Posso dizer que esse foi o aspeto que mais gostei na história. 
Muitas pessoas têm vidas semelhantes às destas personagens e não acho que isso torne o livro cliché ou aborrecido. É um retrato perfeito dos nossos desamores, infortúnios, azares, desejos, alegrias... na verdade é muito mais que isso, é tudo aquilo que duvidamos estar certo ou errado nas nossas atitudes e ações. 
Quando desejamos algo com muita intensidade, por vezes não conseguimos ver que podemos estar a magoar os outros, ou mesmo a nós próprios. Este livro fala sobre isso. Estas duas personagens debatem-se com questões que apenas eles podem resolver, mas estão tão cegos de emoções que lhes é impossível saber se o que fazem é o melhor para eles, ou não.

De uma coisa estou certa, é um excelente livro e acho que a maior parte de vocês vai adorar.

A minha classificação:





Muito obrigada Guerra e Paz!