Thursday, March 30, 2017

Opinião: "Quando perdes tudo não tens pressa de ir a lado nenhum" de Dulce Garcia

Olá queridos leitores!




Sinopse:

Um homem, duas mulheres, uma criança. A história de um triângulo amoroso à luz do que são hoje as relações sentimentais, marcadas por separações e recomeços e jogos psicológicos variados. Um romance onde se fala de paixão, desejo, raiva e um medo incrível da loucura. Também tem ameaças, mentiras e sexo. E humor, esse lado cómico que existe em todos os episódios, até nos mais trágicos.

O que nos leva a apaixonarmo-nos e deixar tudo para trás? Como é possível mentirmos para obrigarmos alguém a ficar ao nosso lado. É normal um pai não gostar de um filho? E o amor, sempre o amor, é hoje uma doença ou a única terapia?
Isabel sempre disfarçou os seus sentimentos debaixo de uma capa de serenidade, sobretudo desde que o irmão enlouqueceu depois de assistir a uma autópsia. Mas apaixona-se.
Uma história de amor escandalosamente contemporânea, que fala de desejo e raiva, da violência do fim dos casamentos e da luta em torno da guarda dos filhos, da culpa de quem decide partir e de como isso pode arrasar o futuro.





Opinião:

Que bom... gostava de encontrar mais livros como este...

 Diverti-me muito ao ler este livro, conversei muito sobre ele com o meu namorado, pensei muito sobre ele e acompanhou-me durante três dias inteiros. 
Havia sempre algum tema interessante para ser discutido —quem o leu deve saber do que falo. As curiosidades fazem todas parte da personagem feminina. A sua curiosidade é  tão contagiante que nos põe de olhos abertos e ávidos para saber mais.

O que me chamou à atenção logo de imediato foi a capa. É linda e simples, a capa perfeita para este livro na minha opinião. Depois foi a história que me cativou tanto que comecei a lê-lo de imediato na livraria. Podemos também falar do título do livro. Não é um excelente título? 

Este livro tem base numa história real, o que me surpreendeu bastante e me fez pesquisar sobre o assunto.
 A sinopse não é muito clara no que diz respeito à história e acho isso fantástico, por isso, não vou estragar a surpresa para quem não tenha lido o livro. 

Capítulo sim, capítulo não, conhecemos a versão da história contada por duas personagens diferentes. Um homem e uma mulher (Afonso e Isabel). 
O facto de termos duas perspetivas diferentes da mesma história é extremamente cativante de ler. Nunca nos vemos aborrecidos e queremos saber sempre mais.
Tanto Isabel como Afonso são tão verdadeiros e tão honestos naquilo que nos contam, que nós acreditamos neles e pensamos neles como pessoas reais. Posso dizer que esse foi o aspeto que mais gostei na história. 
Muitas pessoas têm vidas semelhantes às destas personagens e não acho que isso torne o livro cliché ou aborrecido. É um retrato perfeito dos nossos desamores, infortúnios, azares, desejos, alegrias... na verdade é muito mais que isso, é tudo aquilo que duvidamos estar certo ou errado nas nossas atitudes e ações. 
Quando desejamos algo com muita intensidade, por vezes não conseguimos ver que podemos estar a magoar os outros, ou mesmo a nós próprios. Este livro fala sobre isso. Estas duas personagens debatem-se com questões que apenas eles podem resolver, mas estão tão cegos de emoções que lhes é impossível saber se o que fazem é o melhor para eles, ou não.

De uma coisa estou certa, é um excelente livro e acho que a maior parte de vocês vai adorar.

A minha classificação:





Muito obrigada Guerra e Paz! 



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