No dia 11 de novembro às onze e meia da noite, encontrava-me eu, num sitio para mim já familiar, chamado Mercado Negro.
Foi quase à última da hora que decidimos ir ver o concerto.
O concerto a que assistimos nessa noite foi a estreia, em Aveiro, do seu primeiro álbum em português.
O seu nome é Vítor Hugo, e conta, em palco, com a soberba prestação de Bruno Eurico Barreto, Victor Hugo, Carlos Lázaro e João Redondo Maia.
Sinceramente, não sei quais eram as minhas expectativas para este concerto. Provavelmente nem eram nenhumas, mas surpreendeu-me pelos melhores motivos.
A sonoridade das canções era de querer ficar em silêncio absoluto, de olhos fechados, a apreciar a música e as suas belas palavras cantadas.
Foi lindo a forma como tudo foi interpretado. Nas teclas, o Carlos acompanhava a voz usando piano e sintetizador que se destacava entre os restantes instrumentos, adicionando uma dinâmica e criando ambientes excepcionais. Todos adoram o Carlos. É um pianista fabuloso e inimitável.
Gostei muito da forma, suave, como o baixista tocava. Era muito importante a presença deste som mais grave que se realçava. Para os ouvidos de quem é menos experiente no mundo da música, talvez seja um som que passa despercebido. Mas, na verdade, se estiverem atentos, sem ele, nada era a mesma coisa.
O baterista é um figura muito engraçada de observar. Tem a sua maneira própria de transmitir o que sente no momento em que toca. É muito bom haver esse elemento que chama a atenção pela forma como se expressa.
O Victor, é sempre formidável. Tem uma voz única. Mesmo desde a primeira vez que o ouvi cantar que nunca me cansei da sua voz. Até posso contar uma história engraçada referente à primeira vez que o vi. Fui há cerca de 3 anos atrás, ver um concerto de várias bandas de uma escola de música, e ele tocou, penso que uma musica do Jimmy Hendrix. Gostei tanto de o ouvir que quase que o ia convidar para a nossa banda, que na altura não tinha nome. Ainda bem que não o cheguei a fazer porque senão tinha passado uma boa vergonha.É com um enorme prazer que vamos, sempre que podemos, ver os concertos do Victor. Já fomos ver os Moonshiners e os Underdogs vezes incontáveis.
Espero que também vocês tenham a oportunidade de assistir a este fantástico projeto.
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