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Wednesday, January 18, 2017

Opinião "A outra metade de mim" | Bertrand

Olá queridos leitores!

Apresento-vos a terceira opinião do mês!


Eu não li a sinopse deste livro antes de o ler. Penso que não vale a pena fazê-lo. É muito melhor entrar nele sem saber o que esperar. Mesmo assim, sei que muitos de vocês gostam de a ler por isso aqui está: 

Sinopse: 

 Corre o ano de 1944 quando as gémeas chegam a Auschwitz com a mãe e o avô. No seu novo mundo, Pearl e Stasha Zamorski refugiam-se nas suas naturezas idênticas, encontrando conforto na linguagem privada e nas brincadeiras partilhadas da infância. As meninas fazem parte da população de gémeos para experiências conhecida como o Zoo de Mengele e, como tal, conhecem privilégios e horrores desconhecidos dos outros. Começam a mudar, a ver-se extirpadas das personalidades que em tempos partilharam, as suas identidades são alteradas pelo peso da culpa e da dor. Nesse inverno, num concerto orquestrado por Mengele, Pearl desaparece. 

Opinião:

Demorei apenas 6 dias a ler este livro e parece que demorei imenso tempo a terminar. Talvez sinta isso porque esta não é uma daquelas leituras que se leem a correr. A correr no sentido em que é tão viciaste e emocionante que nos apetece terminar um livro num só dia. Este não é certamente um desse livros. 
Precisei de o ler com calma e apenas naqueles momentos do dia em que me sentia 100% relaxada. Não é uma leitura para toda a gente! Isso vos garanto. 

Já tinha visto alguns documentários que referiam as atrocidades praticadas por Dr. Mengele e por essa razão fiquei muito interessada na história. Gostava de saber mais pormenores do que aconteceu e perceber o porquê de certas identidades agirem como agiram no decorrer da guerra. O "Anjo da Morte", apelido pelo qual ficou conhecido, usava diversas técnicas recorrentes à cirurgia e não só! Para testar as crianças - principalmente gémeos - era capaz de os fazer perder a sanidade com as suas próprias mãos. A razão principal para o fazer era arranjar uma maneira eficaz de tornar o corpo humano "mais belo". 
No decorrer da história fiquei com a sensação de que não podia ser apenas esse o motivo das experiências. Para ser capaz de o fazer, ele tinha de estar imune de qualquer emoção e teria de ter prazer em fazer sofrer. Algumas das experiências mais conhecidas, e que são referidas no livro, são o uso de agulhas para injectar líquido de cor azul nos olhos das crianças, unir fisicamente gémeos deixando-os em total agonia até à morte, operações brutais e dolorosas na qual eram retirados orgãos para serem coleccionados e testados pelo médico, etc. Para dizer verdade até me custa estar a descrever tais crueldades. Quase ninguém sobreviveu às mãos do Anjo da morte. 

No entanto, há algo na escrita que não me convenceu por completo. Há frases muito bonitas e a originalidade da história é magnífica mas as descrições não são tão detalhadas como eu desejaria. A capacidade de nos absorver para dentro da história e deixar-nos conviver com as personagens é algo que está muito em falta, no meu ver. Sendo este um dos pontos mais importantes de uma história, não vou poder classificar o livro com cinco estrelas. Nas primeiras 50 páginas estava convencida de que este seria um livro que me fosse impressionar de tal modo que teria uma classificação elevadíssima.
Não sei se a vocês também acontece, mas às vezes leio um livro que não achava que me fosse marcar e que nem sequer foi um livro assim tão bom mas, no entanto,  passado algum tempo, quando penso nele, vêm-me imensas imagens à memória e na verdade foi mais importante do que eu julgava. Pode ser que este seja um desses livros.

As gémeas Stasha e Pearl representam o sofrimento das crianças que passaram pelas mãos deste médico.
Sempre que leio um romance que tenha como tema a segunda guerra mundial, fico com a impressão que aquilo que julgamos ser horrível e aquilo que pensamos saber sobre o assunto, pode ser ainda pior e mais monstruoso do que o que pensávamos. No verão li "Perguntem a Sarah Gross" e senti exatamente o mesmo. São livros muito diferentes. "A outra metade de mim" tem lugar apenas nesta época enquanto que o "Perguntem a Sarah Cross" não. 

Pearl e Stasha são duas crianças absolutamente adoráveis e achei muito interessante a forma como as suas mentes se foram degradando e moldando de acordo com o que se passava à sua volta e como isso era expresso na narrativa. Há uma cena mesmo no início da história que descreve a passagem das gémeas por um corredor, em que vários corpos estão depositados em "contentores" e no qual uma das gémeas observa a cena à sua frente e a única coisa que lhe ocorre é cantar uma canção a uma alma moribunda, para que esta possa ter uma morte indolor. Nesse momento apercebi-me não só que as mentes florescentes das raparigas tinham muita bondade mas que também iam sofrer mais do que aquilo que esperavam. Mas o facto de ambas serem muito astutas ajudou-as a sobreviver num meio tão perigoso e incerto. 

Se gostam de ler este género de histórias também vos recomendo o livro que já referi anteriormente neste texto: "Perguntem a Sarah Gross" de João Pinto Coelho. Se tiverem interesse em ler a minha opinião Clica Aqui.

A minha classificação:



Este livro foi-me oferecido para opinião honesta. 
Muito obrigada Grupo Bertrand :)




Tuesday, January 10, 2017

Na mesa de cabeceira.




Olá queridos leitores!

Mais um livro que acompanha os meus dias!
Este foi-me enviado pela Bertrand e até agora é uma leitura extraordinária!
Ainda estou mesmo no início mas estou a adorar. Já vi alguns bloggers a escreverem reviews do livro, e todas elas são muito positivas, por isso, desafio-vos a acompanharem-me nesta leitura :)








Sinopse:

 Corre o ano de 1944 quando as gémeas chegam a Auschwitz com a mãe e o avô. No seu novo mundo, Pearl e Stasha Zamorski refugiam-se nas suas naturezas idênticas, encontrando conforto na linguagem privada e nas brincadeiras partilhadas da infância. As meninas fazem parte da população de gémeos para experiências conhecida como o Zoo de Mengele e, como tal, conhecem privilégios e horrores desconhecidos dos outros. Começam a mudar, a ver-se extirpadas das personalidades que em tempos partilharam, as suas identidades são alteradas pelo peso da culpa e da dor. Nesse inverno, num concerto orquestrado por Mengele, Pearl desaparece. 


Stasha sofre a perda da irmã, mas agarra-se à possibilidade de que ela continue viva. Quando o campo é libertado pelo Exército Vermelho, ela e o companheiro Feliks - um rapaz que jurou vingança depois da morte do seu gémeo - atravessam a Polónia, um país agora destruído. Não os detêm a fome, os ferimentos e o caos que os rodeia, motivados como estão em igual medida pelo perigo e pela esperança. Encontram no seu caminho aldeões hostis, membros da resistência judaica e outros refugiados como eles, e continuam a sua viagem incentivados pela ideia de que Mengele pode ser apanhado e trazido à justiça. À medida que os jovens sobreviventes descobrem o que aconteceu ao mundo, tentam imaginar um futuro nele. Uma história extraordinária, contada numa voz que tem tanto de belo como de original, Mischling é um livro que desafia todas as expectativas, atravessando um dos momentos mais negros da história da humanidade para nos mostrar o caminho para a beleza, a ética e a esperança.


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