“Monstress” foi uma das bandas desenhadas deste ano que me
captou o interesse logo na sua divulgação.
A artista “Marjorie Liu” apresenta-nos um cenário sombrio, com muito
sangue e trevas à mistura. No meio de um ambiente tão desagradável aparecem
personagens extremamente adoráveis. As crianças que, por sinal, são quem mais
sofre, foram meticulosamente desenhadas para o leitor se sentir triste por
elas.
É esse o aspeto mais interessante do livro. É feito uma espécie
de jogo psicológico para atingir o leitor.
A ilustração do livro é aquilo que o faz destacar-se de
todos os outros. Sempre que o levava comigo para algum lado, alguém me pedia
para deixar ver os desenhos e toda a gente ficava maravilhava com o conteúdo (exceto
os mais sensíveis às imagens sangrentas).
Para mim, infelizmente, houve alguns pormenores relacionados
com o argumento que não me agradaram muito.
Por exemplo, os diálogos. Por vezes, não se adaptavam muito bem às personagens; achei algumas conversas demasiado longas...
Por exemplo, os diálogos. Por vezes, não se adaptavam muito bem às personagens; achei algumas conversas demasiado longas...
Senti que houve uma tentativa de contar uma história
demasiado complexa para o número de diálogos possíveis e por isso, no fim de
alguns capítulos, um gato conta-nos pormenores da história deste mundo em forma de lições. No
meu ver, estas lições/aulas eram desnecessárias.
Diria, então, que estrutura da história podia ser melhor.
Como se costuma
dizer, não se pode ter tudo, e neste caso senti isso mesmo ao ler esta banda
desenhada. Os desenhos são de uma precisão e imaginação que nunca antes vi. Tenho lido
excelentes bandas desenhadas com desenhos magníficos, mas este supera-os a todos.
Boas leituras!!
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